Segurança atrai lucro
Venho
notando nesse ano de eleição que muitos dos candidatos da ala liberal vem
falando a respeito de privatizações e economia de livre mercado. Porém, são
poucos os que eu vejo tocar em um assunto que na minha opinião, é tão
importante (ou mais) do que às pautas de privatizações e livre mercado por
eles defendidas.
E
essa pauta é justamente a da segurança pública, acontece que o Brasil é um país
que vive uma crise de segurança pública absurda, são mais de 60 mil
assassinatos por ano, isso no que tange a números oficiais, acredito que já estamos
perto da casa dos 70 mil, só no mês de abril desse ano já foram quase 4 mil
assassinatos (segundo o portal G1), e o que falar dos assaltos, número esse que
é o dobro da média mundial. Esses são alguns dos fatos que colocam o nosso país
como 11° país mais inseguro do mundo, segundo a ONG
americana Social Progress Imperative, ficando atrás apenas de países de
primeiro mundo como: Nigéria, Venezuela, Honduras, Sudão, entre outros de
grande expressão mundial.
Obviamente,
diante desses índices alarmantes de criminalidade, é natural que às pessoas fiquem
com um pé atrás antes de começar um negócio, muitas vezes ficando apenas no
planejamento.
Diante
desse quadro catastrófico, não fica difícil perceber que essa situação reflete
diretamente na nossa economia, a equação aqui é simples, quanto menos negócios,
menos emprego, quanto menos emprego; menos dinheiro irá “circular”, esses são
fatores que contribuem cada vez mais para o nascimento da pobreza. Não é à toa
que os países mais violentos costumam ser também os países mais pobres, ao
passo que os mais seguros, são os que mais produzem empregos, contribuindo
(obviamente) para a geração de riqueza.
O
fato é que não é possível empreender e gerar emprego com sucesso sem antes ter
segurança para isso, uma coisa “puxa” a outra, e não tem para onde correr. Colocar
à economia na frente da segurança é algo que de certa forma chega a ser
ingênuo, primeiro é necessário “arrumar a casinha”, fornecer meios para que
nossos empreendedores tenham como à primeira preocupação do dia o lucro que
eles pretendem tirar, ao invés de ficarem tentando adivinhar se irão ser
assaltados ou não. Primeiro vem à segurança, o que vier depois, é lucro.
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